segunda-feira, 20 de maio de 2013

1.ª Liga: Penalty fantasma decisivo na entrega do título ao FC Porto

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SL Benfica - 3 | Moreirense - 1

No último jogo da temporada, mais de 51 mil adeptos encheram as bancadas do Estádio da Luz para apoiar a equipa do Sport Lisboa e Benfica no seu derradeiro encontro da época 2012-2013, frente ao Moreirense.


Com os ouvidos também postos no encontro do Paços de Ferreira - FC Porto, importava aos "encarnados", em primeiro lugar, fazer o que lhe competia, ou seja, vencer. Três bolas e uma foi o resultado final, que premiou o público da casa que também prestou a sua homenagem aos jogadores e ao técnico Jorge Jesus por mais uma temporada com grandes feitos desportivos. Cardozo e Lima (2 golos) foram os marcadores.

Apesar de estar em jogo a permanência ou despromoção da 1.ª Liga, o Moreirense entregou a iniciativa ao Benfica, procurando explorar o contra-ataque. Foi, portanto, com naturalidade que o Benfica dominou, quer em posse de bola, quer em oportunidades de golo: logo aos 6' Cardozo esteve muito perto de inaugurar o marcador.

Todavia, o enorme esforço empreendido na quarta-feira passada diante do Chelsea começava a influenciar a prestação dos jogadores "encarnados" que denotavam pouca frescura, física e mental, sobretudo na hora do passe final e do remate. O Moreirense aproveitou a deixa para explorar os espaços vazios e, aos 18', criou a melhor oportunidade de golo da partida, obrigando Artur a aplicar-se para evitar o golo do adversário. Aos 22' foi a vez de Ghilas voltar a incomodar Artur.

O lance serviu para acordar o público e o clube da luz que, no mesmo minuto, construiu nova oportunidade flagrante: Matic rematou forte de fora da área, o guardião Ricardo sacudiu para a frente e Enzo Perez cabeceia ao lado com a baliza escancarada.

Quase a terminar a primeira parte, Vinicius aproveita a passividade e antecipa-se aos centrais do Benfica e inaugura o marcador na luz para irritação de Jorge Jesus e de quem assistia (0-1). No último lance da partida, na sequência da marcação de um pontapé de canto, Lima vê o poste negar-lhe o golo do empate.
O resultado penalizava e de que maneira a equipa mais dominadora.

Para o segundo tempo, JJ fez entrar Gaitán para o lugar de Olah John, ainda em baixo de forma e a aposta não podia ser melhor: aos 50' o extremo argentino centrou com conta, peso e medida para a cabeça de Cardozo que empatou a partida (1-1).

O Benfica embalou para uma exibição mais conseguida e quase conseguia a reviravolta aos 58', por intermédio de Salvio. Caprichosamente, a bola ainda tocou no poste, mas Ricardo conseguiu segurar.  Depois, de novo Cardozo a desperdiçar uma boa oportunidade (68') e Enzo Perez (74').

Adivinhava-se o golo das “águias” e este surgiu aos 79 minutos. Lima correspondeu da melhor forma a uma cruzamento de Salvio, fazendo o 2-1.

O Benfica esteve próximo do terceiro golo aos 90'+1, quando Urreta (que substituíra Enzo Perez aos 74'), na cobrança de um livre directo, quase repetia o golo marcado na Madeira ao Nacional. Ricardo defendeu para canto.

Mas no minuto seguinte, foi assinalada uma grande penalidade. Sem Cardozo em campo (substituido por André Gomes aos 86'), Lima foi chamado a converter, confirmando a vitória do Benfica, que se despediu  desta 1.ª Liga, perante os seus adeptos, que fizeram questão de demonstrar o seu apoio:

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Paços de Ferreira - 0 | FC Porto - 2

Da capital do móvel vinham más notícias. O FC Porto vencia o Paços de Ferreira por 2-0, revalidando o título. A vitória "clara" ficou, no entanto, manchada, quando, aos 22', um disparate de Luiz Carlos isolou James Rodríguez. Na perseguição ao colombiano, entendeu o árbitro Hugo Miguel que Ricardo rasteirou James dentro da área, assinalando  grande penalidade e expulsando o central do Paços. As repetições do lance revelam dois erros gravíssimos:
  1. A existir, a falta ocorre fora da grande área;
  2. Não existe toque de Ricardo, pois é James que tropeça sozinho.
A expulsão acaba por ser correcta, atendendo a marcação da falta (inexistente), uma vez que James ficava isolado na cara com o guarda-redes. Mas como se pode ver na repetição, o erro penalizou o Paços que ficou demasiado cedo com menos uma unidade, o que limitou a sua acção. 

Na conversão do penalty, Lucho fez o 0-1, abriu a conquista do título ao FC Porto. Os "azuis-e-brancos" dilatariam a vantagem na segunda parte, num lance que deixa dúvidas quanto a uma eventual posição irregular do colombiano Jackson Martinez. De referir ainda que o FC Porto dispôs de boas oportunidades falhadas, bolas aos postes, mas perto do final, beneficiou de um penalty não assinalado a favor do Paços de Ferreira.

As primeiras páginas do dia (20-05-2013):

in abola.pt
in record.xl.pt
in ojogo.pt
As primeiras páginas dos jornais desportivos de hoje realçam, com naturalidade, a revalidação do título por parte do FC Porto. Agora, não deixa de ser estranho que não venha uma única referência ao erro grave que permitiu desbloquear o resultado e facilitar a vitória, sobretudo depois da polémica arbitragem de João Capela que favoreceu o Benfica e motivou as declarações de Pinto da Costa e de Vítor Pereira, que caracterizava o campeonato de "sujinho, sujinho, sujinho...".

Balanço Final (época 2012-2013):
  • FC Porto: Tri-Campeão Nacional, Liga dos Campeões
  • SL Benfica: Vice-campeão, Liga dos Campeões
  • Paços de Ferreira: Play-Off da Liga dos Campeões
  • SC Braga: Play-Off da Liga Europa
  • Estoril: 3.ª Pré-Eliminatória Liga Europa
  • Beira Mar e Moreirense: Despromovidos.
  • Subida do Belenenses e do Arouca

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