domingo, 6 de maio de 2012

A Maria Joana saiu à rua...

Global Marijuana March (in wikipedia.org)

Ontem, dia 5 de Maio, em Lisboa e também em outros pontos do planeta, saíram às ruas manifestações pela legalização da conhecida droga leva cannabis, também conhecida por marijuana, ganja, kaya, sinsemilla (Jamaica), maconha (Brasil) e da qual se fabrica o haxixe (pasta).



Os manifestantes apelaram à liberalização desta droga, demonstrando os seus benefícios enquanto planta medicinal, com utilidade na indústria têxtil (fibra de cânhamo), com efeitos de relaxamento, entre outras qualidades.


Definição
Cannabis é o género botânico de algumas plantas, das quais a mais famosa é a Cannabis sativa, da qual se produz o haxixe e a maconha. Além desta, são também conhecidas a Cannabis indica e a Cannabis ruderalis, cultivada em países como a China e Canadá para a produção de cânhamo, utilizado na indústria têxtil.

O cultivo da C. sativa é ilegal em quase todo o mundo, com excepção para a Holanda, onde o consumo e a venda de pequenas quantidades desta espécie são tolerados em estabelecimentos comerciais denominados "coffee shops".

Efeitos
A Cannabis indica distingue-se por produzir mais resina rica em alcalóides que induzem ao relaxamento muscular e sedativo, enquanto a Cannabis sativa tem menos resina e uma combinação de substâncias activas que proporcionam um efeito menos sedativo e mais eufórico.

Alguns estudos defendem que o uso da cannabis provoca perda de concentração e memória a longo prazo (mais de 15 anos de uso, todos os dias, diminuiu essas aptidões em cerca de 2 a 3%).

Utilização
cannabis foi utilizada durante milénios como planta medicinal, além de fornecer fibras e celulose para a indústria de tecidos e papel (industrialmente, a cannabis é mais conhecida como cânhamo).

Os efeitos do seu consumo, bons ou maus, devem-se à presenta da substância psicoactiva tetraidrocanabinol, também conhecido por THC. Actualmente, o THC é usado com duas indicações terapêuticas: náuseas e enjoos induzidos pela quimioterapia e anorexia associada a SIDA.

Verificou-se que agonistas canabinóides inibem a proliferação celular no cancro da mama, na mulher e in vitro, e apresentam actividade antineoplásica em gliomas malignos em ratos Algumas pesquisas sugerem que o THC pode estar indicado em caso de epilepsia, depressão, distúrbio bipolar, quadros de ansiedade, dependência de opiáceos e álcool, sintomas de retirada, assim como distúrbios do comportamento na doença de Alzheimer, mas revela-se necessária uma investigação mais aprofundada.

Provas crescentes demonstram a efectividade dos efeitos do THC contra os espasmos provocados pela esclerose múltipla, lesão na medula espinhal e na síndrome de Tourette (não só diminuição dos tiques, mas também melhoria do comportamento). Verifica-se também actividade em outras desordens do movimento, como distonia.

A acção do THC no tratamento da asma e do glaucoma está praticamente confirmada.

Clinicamente, o THC é usado no tratamento das náuseas e vómitos refractários causados por medicamentos antineoplásicos, no tratamento da perda de apetite na anorexia e na caquexia em doentes com HIV/SIDA.

Fonte: wikipedia.org


Para terminar, deixo-vos um vídeo com o audio em versão acústica do tema Legalize It, de Peter Tosh, músico da religião Rasta que, pelos ideais "rastafarianos" consumia e defendia a sua liberalização na Jamaica. Na música podemos ouvir algumas doenças cujo processo de cura pode ser travado com o seu uso: constipação, asma, tuberculose, glaucoma (esta doença que se caracteriza pela elevada tensão intra-ocular, podendo provocar derrames e levar à cegueira).


Peter Tosh - "Legalize It"

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